sábado, 21 de agosto de 2010
Pausa para o café
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Uma semente para a reflexão
Eis a minha.....
Minha opinião final sobre tudo aqui
Como eu disse ao Kaled, resolvi escrever minha opinião sobre o desenvolvimento deste blog, o encerramento, fatores que me desagradaram. Enfim, escrevo aqui um desabafo.
Inicialmente, considerei um tema bastante difícil, pois era muito amplo e, como do curso, não sabíamos o que esperar. No final, vi que nosso tema é um dos que mais se correlaciona com os conceitos abordados em sala de aula. Isso não significa que ele seja fácil de se abordar, pelo contrário! É um tema que retrata exatamente a experiência acadêmica que estamos vivendo (E SOMOS OS PRIMEIROS). Além disso, a grande maioria das pessoas do noturno trabalha (inclusive eu) e esse tipo de "empecilho" realmente atrapalhou um pouco o desenvolvimento. Não considero que fomos preguiçosos, pelo contrário. Dentro do que pudemos, demos o sangue para constituir o que se vê por aqui. As pessoas trabalham e, mesmo assim, acham aquela horinha de almoço para postar e fazer pesquisa dos textos. Além disso, tínhamos outras matérias no currículo: Estados e Relações de Poder (Clássicos, clássicos e mais clássicos), Temas e Problemas em Filosofia (textos extremamente difíceis para a gente), Bases Matemáticas (sem comentários) e Computacionais (a mais "tranquila"). Mas, no final, acho que conseguimos o que realmente foi possível e, ao menos eu, pretendo, sempre que surgir algo sobre a Interdisciplinaridade, manter este blog alimentado. Passou o período de avaliação, mas o projeto é muito legal e deve ser mantido. Até solicito ao Kaled que mais pessoas possam participar dele e que estejam interessadas em postar.
Esse post não serve apenas para falar sobre o tema e o que foi feito. Faço-o para promover um desabafo a respeito da atitude das pessoas que fizeram parte deste blog. Bom, Kaled fez toda a parte audiovisual do site, propôs a pesquisa em salas do ensino médio (mais especificamente no Henfil, que possui um perfil de cursinho social) e fez o que foi possível. Taty foi a coluna vertebral do nosso blog, sempre orientando a gente, ralando muito em cima dele para que ficasse o melhor possível. Minha auto-avaliação foi a de que eu fiz o que foi possível, de fato. Se foi pouco ou não, acho bem relativo. Utilizei horas de trabalho pra fazer o que eu achei que deveria ser feito. O João sempre foi nas reuniões, se preocupou com o blog e, mesmo não podendo aparecer durante a apresentação, fez um bom trabalho. Quanto ao Gerson... bem... eu não gostei da atitude durante as atividades finais do grupo. Inicialmente, até tinha uma participação do blog, mas, depois, postou um texto em inglês do The Economist que, a meu ver, nada tinha a ver com o tema do trabalho. O que programas sociais tem a ver com a Incógnita Interdisciplinar? Simplesmente postou, Ctrl C e Ctrl V e não comentou nada. Depois deste texto, nada mais fez. Mas a atitude que me estimulou a escrever o desabafo veio quando eu soube que, ao invés de estar apresentando o seminário com a gente, estava na sala de computadores. Mesmo eu, inseguro do que iria falar, gaguejando na frente de todos por estar nervoso, fui e enfrentei. Quando soube desse fato, fiquei bem chateado. E foi por isso que decidi escrever aqui no blog a minha opinião. Esse fator não poderia deixar de ser comentado, seria injusto dizer que todas as pessoas do blog se dedicaram a ele. Alguns se dedicaram muito e outros quase não se dedicaram.
Um abraço a todos
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Projeto Final
No contexto da pós-modernidade, frente as necessidades de qualificar novos cidadãos e preparar profissionais para um mercado de trabalho onde as mudanças ocorrem com extrema velocidade, em diversos níveis e das mais variadas formas, na qual as soluções de problemas passam a ser tratados como integrantes de um ciclo de retroalimentação onde o dissenso se torna conceito importante a ser apreendido e aplicado na prática da via pública, surge uma proposta de instituição de ensino que busca preparar os indivíduos de uma forma inovadora e efetiva. A Universidade Federal do ABC, surge como instituição que busca não somente lidar com as questões do século XXI, mas busca por meio do Bacharelado Interdisciplinar, capacitar indivíduos para atuarem dentro das condições da modernidade líquida. Em busca de uma efetiva implementação de um projeto institucional que ainda podemos considerar gestacional, devido a sua inovação e adequação constante as novas problemáticas colocadas que são devem ser absorvidas continuamente, é fundamental compreender o quais sãos as expectativas dos ingressantes da Universidade, para auxiliar o processo de avaliação e implementação do Projeto.
I – Autonomia intelectual do aluno (educando cria sua trajetória educacional);
II – Interdisciplinaridade na investigação (disciplinas não devem ser barreiras ao se investigar os diferentes temas);
III – Enfoque crítico dos resultados (soluções são incompletas ao propor novos problemas que elas mesmas não conseguem resolver).
Referências Bibliográficas
15 dias - Tabulação de dados
O que EDS pode nos ajudar a não ser
A incapacidade das instituições de ensino em preparar as pessoas para a complexidade do mundo pós-moderno:
Pesquisa - Questionário
Segue questionário elaborado pelo Gerson para realização da pesquisa sobre medos / expectativas dos alunos do Bacharelado em Ciências Humanidades em relação ao curso e a universidade. A pesquisa foi aplicada e está em fase de tabulação de dados, em breve serão postados os resultados.
QUESTÕES RELACIONADAS À EXPECTATIVA DO ALUNO EM RELAÇÃO AO CURSO (BACHARELADO EM CIÊNCIAS E HUMANIDADES).
1. Sobre o quanto eu me considero preparado para desenvolver bem um curso deste nível:
2. Sobre o tempo que tenho disponível para me dedicar aos estudos e atividades em geral:
3. Sobre o grau/quantidade do conteúdo que percebo ter apreendido até este ponto do curso:
4. Sobre a qualidade do conteúdo programático que percebo ter apreendido até este ponto do curso:
5. Sobre a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos.
6. Sobre a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos no âmbito pessoal.
7. Sobre a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos no âmbito profissional.
8. Sobre a facilidade de conseguir uma colocação no mercado de trabalho com este conhecimento:
9. Sobre o sentimento de competência para se manter neste mercado de trabalho
10. Sobre minha facilidade com a auto-gestão na condução do curso
QUESTÕES RELACIONADAS À EXPECTATIVA DO ALUNO EM RELAÇÃO À UNIVERSIDADE.
1. Sobre o que você compreendeu a respeito da proposta de interdisciplinaridade da UFABC:
2. Sobre a dinâmica de ensino na UFABC:
3. Sobre as políticas educacionais, ou seja o que é anunciado e o que é realizado pela instituição:
4. Sobre o respeito às diferenças dos indivíduos percebido no ambiente universitário:
5. Sobre o seu sentimento ou percepção de algum tipo de discriminação de qualquer natureza no ambiente universitário:
6. Sobre as políticas ou práticas advindas da instituição em relação o meio ambiente:
7. Sobre a preocupação demonstrada por ações efetivas ou por projetos, por parte da UFABC, quanto à inserção de seu aluno no mercado de trabalho:
8. Sobre a influência da UFABC na vida da comunidade local:
9. Sobre a participação da UFABC na promoção da cidadania dos seus alunos nos seus cursos:
10. Sobre a interação da Universidade com o contexto ou conjuntura sócio-política do país:
OBRIGADO POR PARTICIPAR DA NOSSA ENTREVISTA !
A INCÓGNITA INTERDISCIPLINAR
Só Palavras ...
Palavras que falam do momento, soltas, livres, colocadas neste mural para os indivíduos criarem suas representações.
Imagem
Desconstrução dentro da Incógnita Interdisciplinar
Inicialmente, a grande maioria dos alunos são oriundos do ensino tradicionalista, que “departamentaliza” as áreas do conhecimento, não estabelecendo sequer as relações entre si. Apenas aceitam as idiossincrasias como propostas aceitáveis.
De repente, depois de toda essa prisão na qual vivemos, entra-se em uma universidade diferente de tudo e de todas que já foram vistas. Uma universidade que preza pelo desprezo às estruturas rígidas dos meios acadêmicos tradicionalistas e, de uma certa forma, nos tem como “cobaias”, uma coisa meio behaviorista. Mas é um experimentalismo com muita responsabilidade. Ao menos é o que se verifica por mim.
O que é a desconstrução? É a desmontagem de todos os conceitos que temos formados. Como diria Lavoisier, “Na natureza, nada se perde, nada se cria. Tudo se transforma”, ou seja, as formações culturais e intelectuais humanas devem sofrer uma reinterpretação como elemento fundante de um novo conhecimento.
E como isso se relaciona com o assunto do Blog? Em primeiro lugar, nós, enquanto entes experimentados deste processo de criação de um modelo de interdisciplinaridade, estamos nos transformando. De alunos que se colocavam em filas indianas e que apenas absorviam os conhecimentos como verdade absoluta do que é realmente ciência, arte e cultura, começamos a germinar, mesmo que de forma tímida, pensamentos diferentes que se transformaram e que, muitas vezes, nos geram a confusão.
Mas, até que ponto, essa confusão é boa para adolescentes ou já para adultos que tiveram experiências tradicionalistas durante a sua vida? Pois, quando se começa a contrapor tudo no que se acreditava, causa, imediatamente, um baque. O outro problema é dar o passo seguinte: como aplicar isso não somente ao meu meio universitário, mas, também, desconstruir tudo o que está ao meu redor? Afinal, muitas pessoas do noturno, por exemplo, trabalham em companhias e órgãos públicos que exigem uma linha de raciocínio muitas vezes linear, enquanto estamos vendo, dentro da universidade, algo “helicoidal-parabolóide-hiperbólico-em-enésima-dimensão” (se é que isso existe).
Mas é esse exatamente o ponto que Derrida e os pós-modernos querem atingir: para que exista a desconstrução, as idéias devem estar em conflito. Claro que isso gera desmoronamentos e até uma certa descrença na ciência como nos é colocada hoje. Mas, para que esse mundo interdisciplinar possa se manifestar dentro da nossa universidade, os entes que devem gerar esses debates e conflitos são os próprios alunos, professores e funcionários, que são parte importante de todo esse universo de conhecimento.
O principal foco do nosso blog foi a de tentar verificar-se qual era a impressão de alunos que ingressaram neste ano, os que vão se formar e os que virão dentro de alguns anos. De que forma esses anseios e receios vão mudando no decorrer do processo que, aparentemente, é linear? Essas pessoas se tornam lineares? Até que ponto pessoas lineares conseguem se adequar a uma universidade que propõe desestruturar o estruturalismo? Isso é bom? Do que isso se alimenta? Como podemos alimentar essas discussões e debates dentro do meio acadêmico em que vivemos? Por isso, criamos questionários para os alunos do Ensino Médio, para os alunos que aqui estão fazendo a universidade e o projeto é para que entrevistássemos, também, os formandos e, no futuro, buscássemos também a opinião de pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho sobre a interdisciplinaridade.