terça-feira, 8 de junho de 2010

O Processo de Bolonha

O artigo de Renato de Marques explica o que é o Processo de Bolonha, quais as motivações para a renovação no ensino superior europeu e quais são os desafios enfrentados pelos que apoiam o projeto. O texto conta com as opiniões de José Raymundo Martins Romeo, professor da UCM (Universidade Cândido Mendes)e do secretário-geral eleito da IAUP, Heitor Gurgulino, que discursaram, sobre o tema, durante o Seminário Latino-Americanoda IAUP (Associação Internacional de Reitores de Universidades, na sigla em inglês) .

O autor afirma que o projeto tem como finalidade a integração do ensino superior entre os países aderentes. Os estudantes teriam mobilidade facilitada, entre cursos e entidades, pois contariam com um sistema de créditos multivalidados.

A necessidade de tal integração se dá pela fato de que os países da União Européia, nos dias de hoje, já convivem com a livre circulação de profissionais. Por isso, é necessária a uniformização dos ensinos e métodos, para equalizar o desenvolvimento dos diversos países envolvidos.
A realização do projeto implica em fortes investimentos, por parte de todos, cerca de 3% do PIB do grupo.

Uma das grandes dificuldades encontradas é a disparidade entre as universidades, no que diz respeito ao nível de qualidade, pois, para muitos, o nivelamento teria de ser feito por baixo, levando em conta que muitos dos países membros não dispoem de um sistema de educação de qualidade.

O projeto também prevê uma diminuição no ciclo do estudante, ou seja, a organização passará a operar no formato 3+2+3, ou seja, três anos de graduação, dois de mestrado e outros três de doutorado. Este ponto do projeto é o que mais causa polêmica, pois instituições tradicionais e grande parte dos estudantes o repudiam.

O texto é concluído situando a América Latina neste contexto. Além de estarmos num estágio, de união, menos avançado, não fortalecemos o suficiente as estruturas já existentes, como o MERCOSUL, por exemplo.




Parece-me que, no Processo de Bolonha, discute-se muito mais a integração no sistema de ensino superior, do que o tipo de formação que receberão os estudantes. Entendo também que, se não for meticulosamente planejado e executado, o Processo de Bolonha pode ser catastrófico, tendo em vista a disparidade existente entre as universidades.
Quanto à pertinência da questão, no nosso tema, concluo que qualquer que seja a mudança, principalmente ao que diz respeito à estrutura educacional, esbarrará no tradicionalismo, reacionarismo e etc.
http://www.universia.com.br/gestor/materia.jsp?materia=12785

Nenhum comentário: