quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ao meu amado

Ó meu amado Descartes, tu que me destes o modo do trabalho científico, que me permitiu chegar até aqui, tenho que te abandonar.

Eis que bebi das fontes de vários outros: Hall, Derrida, Morin, Guattari, Deleuze, Foucault, que não são do seu tempo, mais formosos e jovens que tu, me levaram a excitação e ao prazer de uma nova forma de trabalho científico, na pós-modernidade.

Tatyane Estrela

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Questionário para a pesquisa


Olá pessoal,

Selecionei algumas diretrizes para a pesquisa-piloto com os alunos do BC&H do campus de São Bernardo. A ideia é saber quais são os medos e as expectativas dos alunos em relação aos temas e não uma avaliação dos mesmos sobre eles atualmente.

10 Assuntos a serem abordados na forma de questão:

1 - Implementação do projeto pedagógico

2 - Implantação do campus São Bernardo

3 - Formas de integração dos alunos:
Esportiva - Atletica
Política - Diretório Acadêmico
Cultural - Banda, Teatro
Lazer - Festas
Extensão - Semana de integração e eventos

4 - Mobilidade acadêmica interna e externa.
Entre os cursos oferecidos pela UFABC e entre outras Universidades Federais

5 - Intercâmbios Internacionais

6 - Apoio ao aluno
Bolsa-Auxílio
Bolsa-Moradia
Pesquisa
Monitoria acadêmica
Laboratórios

7 - Flexibilidade / Interdisciplinariedade
- Liberdade de escolha de disciplinas
- Liberdade de escolha de professores
- Liberdade de estruturação do currículo

8 - Política de avaliação e mérito
CR - Coeficiente de Rendimento
CA - Coeficiente Acadêmico
CPK - Coeficiente de Progressão Acadêmica

9 - Aceitação social e reconhecimento

10 - Inserção no mercado de trabalho

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A definição de Bacharelado Interdisciplinar, de acordo com a própria UFABC

Olá!
Estamos falando tanto em interdisciplinaridade e, observando a agenda da própria UFABC, encontrei um texto na parte de "Projeto Acadêmico" e que versa sobre o assunto:
"A interdisciplinaridade é a essência do projeto acadêmico da UFABC. A opção por esse conceito se baseia no reconhecimento de que os avanços na ciência e na tecnologia passaram a exigir uma reformulação do modo de se adquirir conhecimento. Apenas uma formação assentada em uma sólida base científica pode permitir que o profissional moderno se adapte eficientemente ao que dele se exige.
Parece que estamos entrando em um tempo em que o especialista vai se tornando um profissional com horizontes restritamente operacionais, ou seja, apto apenas a realizar atividades mais ou menos rotineiras e, em muitas situações, supervisionada por pessoas com visão mais abrangente. Nos casos em que a especialização não se baseia em uma formação científica e metodológica mais ampla, essa é uma realidade inevitável.
As tecnologias aparecem e se tornam obsoletas com tempos de prevalência cada vez menores. Em consequência, as habilidades especializadas que o profissional adquire no seu processo de formação costumam ficar desatualizadas e quase inúteis muito rapidamente. Nas áreas mais dinâmicas, como por exemplo, geração de novas tecnologias, apenas os profissionais com formação científica muito sólida e interdisciplinar são capazes de se adaptar eficientemente às exigências do mercado de trabalho.
Em uma era na qual o conhecimento avança tão rápido, os cursos superiores têm de ser suficientemente flexíveis para que o estudante tenha, por um lado, a oportunidade de reorientar sua trajetória acadêmcia e, por outro, cruzar as fronteiras tradicionais das disciplinas, se preparando para atuar em problemas cada vez mais temáticos e menos disciplinares. É a superação desse desafio que a o UFABC oferece como caminho aos seus alunos".

O que eu gostaria de comentar pode até se tornar uma problematização com uma resposta que viria em questão de anos, e não de meses: estamos vivenciando esse projeto inicialmente como "cobaias". Tudo é muito experimentado e não temos a exata noção do tipo de formação que teremos. Acho isso interessantíssimo, pois somos pioneiros nesse tipo de abordagem social e econômica. Social porque, como o próprio texto diz, a tendência do mercado, até um tempo atrás, era a de tornar o profissional cada vez mais específico. Para os que não buscam um questionamento muitas vezes de si mesmo, é um ótimo caminho, pois assenta-se a comodidade. Mas como um engenheiro hoje pode realizar um projeto -uma hidrelétrica, por exemplo - sem pensar nas implicações sócio-ambientais, além do lado econômico? Vejamos que, nessa afirmação, já temos três tipos de problemas a serem visualizados por um único profissional: social, ambiental e econômico. E podemos afirmar, hoje, que a área social é algo relacionado apenas à área de humanas, que a ambiental é apenas biológicas e a econômica é apenas voltado para a parte de finanças? Todas essas 3 áreas, em um único tipo de pergunta, englobam muito mais do que a visão dos profissionais especializados conseguem visualizar. Para que se tenha uma visão ambiental, devo conhecer de que forma as obras podem afetar no meio ambiente em torno disso, se é uma solução que provocará um impacto muito grande no rearranjo do ecossistema local, além da legislação que envolve esses e outros problemas. Em social, seria ideal realizar um estudo de caso de como a sociedade interage com o meio (já temos o primeiro dos inúmeros "links"), como isso poderia afetar a sociedade ribeirinha, o deslocamento que isso ocasionaria de populações para um outro local, a quantidade de espécies que entrariam em extinção, além da econômica, que vai ser a viabilização do capital em relação a todas essas ações, o que será compensatório financeiramente ou será muito custoso (não podemos nos esquecer que vivemos em um sistema "capetalista" heheh).
A visão que o futuro nos proporciona é algo extremamente promissor. Esse tipo de pensamento já começa a aparecer nos problemas das empresas de hoje. E nas de amanhã? Eles serão solucionados? Será que toda essa relação interdisciplinar não provocaria um inchaço educacional em busca de mais profissionais especializados em uma determinada área nova que surge ou os profissionais interdisciplinares ocuparão estas vagas?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Veja que crítica interessante...

Lamento pois não tive tempo para traduzir...

Brazil's foreign-aid programme
Speak softly and carry a blank cheque
In search of soft power, Brazil is turning itself into one of the
world's biggest aid donors. But is it going too far, too fast?

Jul 15th 2010 | BRASILIA

ONE of the most successful post-earthquake initiatives in Haiti is the
expansion of Lèt Agogo (Lots of Milk, in Creole), a dairy
co-operative, into a project encouraging mothers to take their
children to school in exchange for free meals. It is based on Bolsa
Família, a Brazilian welfare scheme, and financed with Brazilian
government money. In Mali cotton yields are soaring at an experimental
farm run by Embrapa, a Brazilian research outfit. Odebrecht, a
Brazilian construction firm, is building much of Angola’s water supply
and is one of the biggest contractors in Africa.

Without attracting much attention, Brazil is fast becoming one of the
world’s biggest providers of help to poor countries. Official figures
do not reflect this. The Brazilian Co-operation Agency (ABC), which
runs “technical assistance” (advisory and scientific projects), has a
budget of just 52m reais ($30m) this year. But studies by Britain’s
Overseas Development Institute and Canada’s International Development
Research Centre estimate that other Brazilian institutions spend 15
times more than ABC’s budget on their own technical-assistance
programmes. The country’s contribution to the United Nations
Development Programme (UNDP) is $20m-25m a year, but the true value of
the goods and services it provides, thinks the UNDP’s head in Brazil,
is $100m. Add the $300m Brazil gives in kind to the World Food
Programme; a $350m commitment to Haiti; bits and bobs for Gaza; and
the $3.3 billion in commercial loans that Brazilian firms have got in
poor countries since 2008 from the state development bank (BNDES, akin
to China’s state-backed loans), and the value of all Brazilian
development aid broadly defined could reach $4 billion a year (see
table). That is less than China, but similar to generous donors such
as Sweden and Canada—and, unlike theirs, Brazil’s contributions are
soaring. ABC’s spending has trebled since 2008.

This aid effort—though it is not called that by the government—has
wide implications. Lavishing assistance on Africa helps Brazil compete
with China and India for soft-power influence in the developing world.
It also garners support for the country’s lonely quest for a permanent
seat on the UN Security Council. Since rising powers like Brazil will
one day run the world, argues Samuel Pinheiro Guimarães Neto, the
foreign ministry’s secretary-general, they can save trouble later by
reducing poverty in developing countries now.

Moreover, aid makes commercial sense. For example, Brazil is the
world’s most efficient ethanol producer, and wants to create a global
market in the green fuel. But it cannot do so if it is the world’s
only real provider. Spreading ethanol technology to poor countries
creates new suppliers, boosts the chances of a global market and
generates business for Brazilian firms.

The effort matters to the world’s aid industry, too—and not only
because it helps offset the slowdown in aid from traditional donors.
Like China, Brazil does not impose Western-style conditions on
recipients. But, on the whole, western donors worry less about
Brazilian aid than they do over China’s, which they think fosters
corrupt government and bad policy. Brazilian aid is focused more on
social programmes and agriculture, whereas Chinese aid finances roads,
railways and docks in exchange for access to raw materials (though
Brazilian firms are busy snapping up commodities in third-world
nations, too).

Marco Farani, the head of ABC, argues there is a specifically
Brazilian way of doing aid, based on the social programmes that have
accompanied its recent economic success. Brazil has a comparative
advantage, he says, in providing HIV/AIDS treatment to the poor and in
conditional cash-transfer schemes like Bolsa Família. Its
tropical-agriculture research is among the world’s best. But Brazil
also still receives aid so, for good or ill, its aid programme is
eroding the distinction between donors and recipients, thus
undermining the old system of donor-dictated, top-down aid.

And all this has consequences for the West. Some rich-country
governments cautiously welcome what Brazilians call “the diplomacy of
generosity”, just as they do the soft-power ambitions of which aid is
part. After all, if (as seems likely) emerging markets are to become
more influential, Brazil—stable, democratic, at peace with its
neighbours—looks more attractive and tractable than, say, China or
Russia.

But if aid is any guide, a lot will have to change before Brazil
occupies the place in the world that its president, Luiz Inácio Lula
da Silva, aspires to. Brazil seems almost ambivalent about its aid
programme. The country still has large pockets of third-world poverty,
and sending money abroad could be controversial. Brazilian law forbids
giving public money to other governments, so legal contortions are
inevitable. The ABC aid agency is tucked away in the foreign ministry,
where its officials are looked down on as “Elizabeth Arden” diplomats
(London–New York–Paris), not the “Indiana Jones” adventurers required.
At least some aid, for example to Venezuela, seems to have been
inspired by Lula’s soft spot for leftist strongmen. And the
exponential increase in aid—the value of humanitarian contributions
has risen by 20 times in just three years—means that both people and
institutions are being overwhelmed. Stories abound of broken promises,
incompetence and corruption.

Slowly, though, things are changing. Dilma Rousseff, the presidential
candidate from Lula’s party, is thought to be mulling over the idea of
a new development agency to raise aid’s profile, if elected. As Mr
Farani says, Brazil needs more aid officials, with more operational
independence and a greater emphasis on policy aims, not just piecemeal
projects. Until it gets those, Brazil’s aid programme is likely to
remain a global model in waiting—a symbol, perhaps, of the country as
a whole.

Fonte: http://www.economist.com/node/16592455?story_id=16592455&fsrc=rss&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+economist%2Ffull_print_edition+%28The+Economist%3A+Full+print+edition%29&utm_content=Google+Reader

Um abraço,

Gerson J. Santos

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Redefinindo a incógnita...

Conforme eu havia comentado para a Tathy na semana passada eu me prontifiquei em trabalhar nas perguntas que irão direcionar os novos questionamentos do projeto e estou montando isto.
Trata-se de perguntas extraidas de dois métodos consagrados de psicologia ( aplicados por psicólogos) e que trazem uma série de questionamentos a respeito de expectaticas, dentre outas questões que refletem as preocupações e necessidades dos indivíduos e que iremos adaptar e direcionar para este público ao qual nosso projeto se propõe. OBS. É importante que se diga que os propositos da aplicação do questionário não são os de cunho psicológicos, os quais não estou autorizado a fazer, mas para orinetação de nossa pesquisa e os pesquisados serão esclarecidos disso e fazê-lo-ão sequiserem, voluntáriamente.
Assim que tiver concluído vou encaminhar para os integrantes do blog e para quem mais se interessar, para apreciação e claro para obter opinioões, críticas, xingos, e outras manifestações úteis.... abraços.

sábado, 10 de julho de 2010

Redefinindo a incógnita

Olá,

Após um jejum postacional de alguns dias, volto aqui para dar minha contribuição no blog. Depois da apresentação do trabalho no grupo em sala, o grupo decidiu focar melhor o tema, levando em consideração o material já postado e as possibilidades de discussão. Ao invés de tratarmos dos medos em geral, iremos tratar dos medos/expectativas em relação a UFABC.

Não queremos dizer com isso que todos os alunos tenham necessariamente esses medos e expectativas, apenas o consideramos um recorte interessante a se fazer para estudar a relação aluno-instituição, durante a implementação de um novo modelo de ensino e de uma nova universidade pública.

Delimitando melhor, nosso tema ficou definido:

Quais são os medos e expectativas dos ingressantes da UFABC no ano de 2010 em relação a Universidade Federal do ABC, seu projeto institucional e
o Bacharelado Interdisciplinar.




terça-feira, 6 de julho de 2010

Projeto Song Around the World

Olá a todos!
Recebi em meu e-mail um projeto que considerei extremamente válido, tanto pela beleza quanto pela multiculturalidade. Eles já gravaram inúmeras músicas. A que estou postando é "One Love", do Bob Marley. A mescla de culturas, inclusive com o refrão cantado no dialeto de um grup de Johanesburgo, além de gerar uma mistura sonora extremamente interessante e bela, leva-nos a refletir no quanto as fronteiras são algo que nós nos impomos, mesmo com a globalização dos conhecimentos.

Um abraço a todos!